26/11/24
O senador Wilder Morais (PL) está enfrentando um momento delicado em sua carreira política. Derrotas importantes nas eleições municipais em cidades estratégicas, como Goiânia e Aparecida de Goiânia, somadas ao indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu principal aliado, colocam em xeque seus planos para disputar o governo de Goiás em 2026.
Nas recentes disputas, Wilder apoiou candidatos que não conseguiram superar a concorrência no segundo turno: Fred Rodrigues, em Goiânia, e Professor Alcides, em Aparecida. A análise de lideranças políticas no Palácio das Esmeraldas, sede do governo estadual, é de que o senador saiu enfraquecido desse cenário. A avaliação é reforçada pelo impacto das investigações envolvendo Bolsonaro, apontado pela Polícia Federal como suposto participante de um plano golpista contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A ligação estreita de Wilder com Bolsonaro, que o apoiou em sua eleição ao Senado em 2020, é vista como um dos principais fatores de vulnerabilidade do senador. Informação dos bastidores é que “Wilder não tem luz própria, depende totalmente do capitão”. Esse vínculo, que foi uma vantagem em anos anteriores, agora ameaça se tornar um peso, à medida que Bolsonaro enfrenta dificuldades crescentes no cenário político nacional.
Com Bolsonaro politicamente fragilizado, Wilder pode perder não apenas um padrinho político de peso, mas também a base de apoio que o ex-presidente representa dentro do eleitorado de direita. Esse cenário abre espaço para novos líderes na direita brasileira, e o próprio Caiado já sinaliza intenção de ocupar essa lacuna. O governador goiano planeja lançar sua pré-candidatura à presidência em março de 2025, em Salvador, movimento que pode consolidá-lo como uma alternativa viável no campo conservador.
