29/11/24
A transição administrativa em Goiânia tem levantado sérias preocupações sobre a situação financeira da Prefeitura. Valdivino Oliveira, escolhido por Sandro Mabel para comandar a Secretaria de Finanças, classificou como "muito superficiais" as informações fornecidas pela equipe de Rogério Cruz. Sem acesso detalhado às contas públicas, a real dimensão do problema só será conhecida em janeiro, quando o novo governo assumir.
O desespero da atual gestão em aprovar o Programa de Recuperação Fiscal (Refis) acende ainda mais os alertas. A medida, que visa arrecadar recursos de última hora, parece ser uma tentativa de evitar o atraso na folha de pagamento de dezembro, um risco que preocupa servidores e aumenta a pressão sobre o início do mandato de Mabel.
Com dívidas acumuladas e pagamentos em aberto, a “caixa de Pandora” deixada por Rogério Cruz promete ser um dos maiores desafios do novo governo. A falta de clareza e de planejamento na transição agrava a situação, dificultando a elaboração de soluções imediatas para reorganizar as finanças municipais.
Para Sandro Mabel, o cenário representa um teste de fogo. Além de enfrentar o passivo herdado, o novo prefeito terá de demonstrar capacidade de liderança para restaurar a credibilidade da administração pública e garantir que Goiânia retome o rumo em 2024.
