11/01/24
O Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em Goiás endureceu sua posição em relação à possível união da esquerda no Estado, e passa a dificultar o acordo que envolve a pré-candidatura de Fábio Tokarski à Prefeitura de Goiânia. Apesar de o nome de Adriana Accorsi (PT), ter sido referendado, Tokarski, que é ex-vereador e membro da Executiva Nacional da federação partidária Brasil da Esperança, afirmou que não aceitará a imposição do nome de Accorsi na chapa.
Em entrevista ao Diário de Goiás, Tokarski criticou a falta de diálogo entre as legendas envolvidas no processo e destacou que a decisão sobre o candidato da federação ainda será tomada durante as convenções entre 20 de julho e 5 de agosto de 2024. Ele ressaltou que a falta de consulta prévia do PT ao PCdoB na escolha de Adriana Accorsi gerou resistência dentro do partido comunista.
A pré-candidatura de Accorsi pelo PT, sem o devido diálogo, levou Tokarski a afirmar que não haverá aceitação de imposição de candidatura. Ele argumentou que a visão hegemonista não cabe mais e que cada partido é independente, não se submetendo a nenhum tipo de imposição. Além disso, o ex-parlamentar indicou que o PT e o PCdoB seguem caminhos distintos na escolha de candidatos e na formação de alianças.
Adriana Accorsi, por sua vez, tem dialogado com partidos de diferentes esferas ideológicas, como o PSD, e cogitou nomes como o do empresário Marcelo Baiocchi para a vice. Tokarski interpretou essas ações como uma caminhada isolada do PT em relação ao restante da federação.
Diante desse cenário, Tokarski destacou a importância de um debate sobre planos de governo e propôs a criação do "Movimento Goiânia 100 anos – O Futuro Começa Agora". Esse movimento, segundo ele, visa discutir e apresentar soluções de longo prazo para a capital goiana, concentrando-se nos dez anos que antecedem seu centenário, em 2033. O ex-vereador alega que o debate é maior do que as propostas apresentadas por Adriana Accorsi, focando em um projeto para a cidade. Ele destaca a degradação da qualidade de vida em Goiânia, especialmente na mobilidade urbana, e a falta de respostas para esses desafios.
