05/12/24
A saúde pública de Goiânia enfrenta uma nova crise sob a gestão do prefeito Rogério Cruz. Médicos credenciados à rede municipal anunciaram uma paralisação de atividades a partir da próxima segunda-feira (9), após decisão tomada em assembleia nesta terça-feira (3/12). A nova mobilização evidencia problemas estruturais persistentes, que vão além dos recorrentes atrasos nos pagamentos.
Os profissionais denunciam a precariedade nas unidades de saúde, como Centros de Atendimento Integral à Saúde (CAIS), Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Entre as queixas, destacam-se a falta de medicamentos essenciais, condições de trabalho insalubres e insegurança constante. “Estamos há meses trabalhando em condições degradantes e sem qualquer garantia de que nossos direitos sejam respeitados”, relatou um médico que preferiu não se identificar.
Outro ponto grave é a ausência de repasses ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), comprometendo direitos trabalhistas básicos, como aposentadoria e licença médica. Além disso, episódios de violência contra profissionais e usuários têm sido registrados, agravando a sensação de insegurança.
“Não é possível prestar atendimento de qualidade quando há risco constante de agressão. É desumano trabalhar sem insumos básicos, enquanto a população fica desassistida”, desabafou uma médica de uma UPA.
A crise na saúde pública de Goiânia já resultou na prisão do ex-secretário de Saúde, Wilson Pollara, e de dois gestores, alvos da Operação Comorbidade, conduzida pelo Ministério Público de Goiás. Para os médicos, a situação reflete o descaso crônico da administração Rogério Cruz, que não apresenta soluções efetivas para a saúde municipal.