20/12/24
Em cerimônia realizada nesta quinta-feira (19), no auditório do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18), o prefeito e os 37 vereadores eleitos para Goiânia foram oficialmente diplomados para o mandato de 2025 a 2028. O evento contou com a presença de autoridades dos Três Poderes e foi marcado por agradecimentos e celebrações, mas também revelou tensões internas no Partido Liberal (PL).
O vereador mais votado, Major Vitor Hugo (PL), foi o escolhido para discursar em nome dos parlamentares eleitos. Suas palavras receberam aplausos calorosos da maioria do público presente. No entanto, o gesto de apoio não foi replicado por líderes locais do PL, como o deputado federal Gustavo Gayer, presidente do diretório municipal, e o ex-deputado Fred Rodrigues, que permaneceram inexpressivos durante o discurso e a diplomação do correligionário.
Os dois, entretanto, celebraram com entusiasmo outros nomes do partido, como Oséias Varão e Coronel Urzeda. A frieza em relação a Vitor Hugo reflete um atrito interno que veio à tona após o diretório estadual e municipal do PL publicarem, no dia 17, uma nota de repúdio ao vereador. A legenda acusou Vitor Hugo de articular unilateralmente uma aproximação com o vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), pré-candidato ao governo em 2026, contrariando a estratégia do partido, que pretende lançar candidatura própria.
“Ações como essa não representam os propósitos partidários, mas interesses pessoais de um filiado que visa viabilizar sua candidatura ao Senado”, afirmou o texto, que ainda advertiu que novas condutas semelhantes não serão toleradas.
No dia seguinte à publicação da nota, Vitor Hugo divulgou um vídeo rebatendo as acusações e defendendo sua postura. O vereador afirmou que não precisa de “autorização de ninguém” para promover encontros do ex-presidente Jair Bolsonaro com lideranças de Goiás e questionou a pré-candidatura de Wilder Morais ao governo estadual.
“O Wilder Morais ainda não é o candidato do PL. Nem se sabe se o partido terá candidato”, disparou o parlamentar, indicando que os rumos do partido ainda estão indefinidos.
