29/12/24
A poucos dias do fim de 2024, moradores de Goiânia continuam enfrentando problemas graves com a coleta de lixo, que permanece irregular em vários bairros da capital. No condomínio Santa Rita, por exemplo, o recolhimento não é realizado há mais de uma semana, segundo relatos do morador Paulo César de Oliveira. “A situação está insustentável. Além do lixo domiciliar, há entulho jogado nas ruas, trazendo transtornos para quem vive aqui”, desabafou.
A crise atinge também bairros como Setor Pedro Ludovico, Vila Nova, Alto da Glória e Balneário Meia Ponte. Na Rua 200, no Setor Vila Nova, além do lixo acumulado, o descarte irregular de entulho tornou-se um problema recorrente. Já na Marginal Botafogo, próximo à Avenida Goiás Norte, a cena é ainda mais alarmante: restos de comida, plásticos, roupas e pneus formam pilhas de resíduos.
O acúmulo de lixo não é apenas um problema estético, mas também de saúde pública. O descarte inadequado e o acúmulo de água nos resíduos aumentam os riscos de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A Secretaria de Estado da Saúde já emitiu alertas sobre o potencial aumento de casos dessas doenças no início de 2025.
Desde o início do ano, Goiânia enfrenta dificuldades com a gestão de resíduos sólidos. Para tentar amenizar o problema, a prefeitura implementou a cobrança da taxa do lixo, uma medida controversa que visa custear os serviços de coleta e manejo. A expectativa é que cerca de 800 mil contribuintes comecem a pagar a taxa a partir de abril de 2025, permitindo melhorias na prestação do serviço.
Enquanto isso, o consórcio Limpa Gyn, responsável pela coleta, informou em nota que o serviço está “normalizado”. Segundo a empresa, o acúmulo registrado em algumas regiões se deve ao maior volume de resíduos gerado no período natalino e a faltas pontuais de coletores durante o feriado. A previsão é de que o recolhimento seja regularizado neste fim de semana.
A população, no entanto, segue cobrando soluções efetivas para o problema. "Não dá para esperar mais. O lixo acumulado está prejudicando a saúde e a qualidade de vida dos moradores”, reforça Paulo César, representando o sentimento de muitos goianienses.
