03/01/25
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (UB), reuniu seu secretariado nesta quinta-feira (2) para anunciar medidas emergenciais diante do rombo de até R$ 3 bilhões deixado pela gestão de Rogério Cruz (Solidariedade). Entre os 12 decretos assinados, destaca-se o de calamidade financeira, que tem como objetivo conter despesas e enfrentar a grave crise que afeta as finanças da capital.
O economista Valdivino José de Oliveira, novo secretário de Finanças, detalhou que as maiores dívidas estão concentradas na Comurg e na Saúde. Ele ressaltou que, apesar do cenário crítico, acredita ser possível reverter o quadro em até seis meses, desde que sejam implementadas medidas de austeridade, como parcelamento e renegociação das dívidas de longo prazo.
Na cerimônia de transferência de cargo, Rogério Cruz minimizou a gravidade da situação, alegando que o déficit "não é tão negativo como falaram", mas sem apresentar dados concretos. Sandro Mabel rebateu com firmeza, destacando que o buraco financeiro encontrado é quase o dobro do esperado. “Eu falava que chegaria a R$ 1,6 bilhão. O levantamento atual aponta para algo entre R$ 2,2 bilhões e R$ 3 bilhões. É muito grave a situação financeira do município”, alertou o prefeito.
Para lidar com a crise, Mabel já busca apoio externo. Ele confirmou que recorreu ao senador Jorge Kajuru (PSB) em busca de recursos para cobrir as necessidades básicas da cidade. Os decretos assinados incluem cortes de gastos em todas as secretarias e ajustes severos na máquina pública. “Os decretos são fundamentais para equilibrar as finanças e devolver capacidade de investimento a Goiânia”, afirmou Valdivino Oliveira.
