19/01/25
O Centro Administrativo de Anápolis, inaugurado em agosto de 2024 pelo então prefeito Roberto Naves (Republicanos), volta a ser alvo de críticas após a identificação de sérias falhas estruturais. A obra, que custou mais de R$ 50 milhões, havia sido anunciada como a solução definitiva para o “elefante branco” que, uma década antes, ganhou notoriedade nacional devido a problemas de construção.
Imagens divulgadas neste sábado, 18, pelo atual prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), revelaram infiltrações, pisos soltos, falhas no isolamento acústico e um forte odor de mofo, que resultaram na interdição do prédio. “Mais uma vez, essa obra deve virar manchete nacional”, declarou Corrêa ao expor as condições precárias do local.
Na inauguração do Centro Administrativo, Roberto Naves celebrou a conclusão do projeto e pediu desculpas por não ter resolvido todos os problemas da cidade, afirmando que este era um dos maiores desafios, agora “resolvido”.
Entretanto, a realidade demonstrada pelas imagens contradiz as declarações do ex-prefeito. “Isso é falta de compromisso, é falta de responsabilidade com o dinheiro público. Recentemente fizeram uma grande festa para entregar isso para a população, e olha como está”, criticou Márcio Corrêa em suas redes sociais.
Durante uma vistoria no local, Corrêa determinou a notificação dos responsáveis pela obra. “Desta vez, a população não vai mais arcar com esse descaso com o dinheiro público. Vamos notificar os responsáveis. Eles vão se responsabilizar por tudo isso aqui, quem quer que seja”, afirmou.
A situação levanta questionamentos sobre a gestão dos recursos públicos e a fiscalização na execução da obra. O prefeito garantiu que tomará todas as medidas necessárias para que o prejuízo não recaia novamente sobre os cidadãos.
A obra do Centro Administrativo já havia enfrentado críticas antes mesmo da sua inauguração. Construída para substituir a antiga sede da Câmara Municipal, o projeto original foi abandonado em meio a acusações de falhas estruturais. A promessa de correção e entrega de um prédio funcional e moderno transformou-se em um símbolo de desperdício de recursos e falta de planejamento.
