31/01/25
A Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) publicou, nesta quinta-feira (30), um novo edital para a compra de 42 SUVs destinadas aos deputados estaduais. A licitação, que será aberta em 17 de fevereiro, prevê um custo total de R$ 16,8 milhões, sendo R$ 16,6 milhões com os veículos – avaliados em R$ 396 mil cada – e R$ 214 mil para seguro. O valor é inferior ao do edital anterior, que estimava R$ 17,2 milhões, devido à retirada da exigência de cinco revisões periódicas, que representavam um custo adicional de R$ 347 mil.
A primeira versão do edital, publicada em 21 de janeiro, foi cancelada na última segunda-feira (27) após questionamentos sobre suposto direcionamento para uma montadora específica e possível restrição à concorrência. A exigência de que a Alego fosse a primeira proprietária dos veículos foi um dos principais pontos contestados por uma empresa do setor, que alegou que a regra favorecia fabricantes e concessionárias autorizadas, excluindo outras revendedoras. No novo edital, a obrigatoriedade de veículos zero quilômetro foi mantida, mas sem a exigência de primeiro emplacamento pela Assembleia.
A licitação também mantém critérios técnicos como motor a diesel, tanque de combustível com capacidade mínima de 68 litros, cilindrada de 2.442 cm³ ou superior e comprimento de pelo menos 4,7 metros. A empresa que questionou o edital argumentou que essas especificações poderiam restringir a concorrência, mas a Alego manteve as exigências. O documento também estabelece que os veículos devem ser do modelo 2025, na cor preta, com bancos de couro, capacidade para sete ocupantes e garantia de fábrica de cinco anos ou 100 mil quilômetros.
A nova compra ocorre menos de dois anos após a Alego adquirir 41 caminhonetes 4x4 para os gabinetes parlamentares, ao custo de R$ 227 mil cada. Desde então, a frota da Casa cresceu com a aquisição de 75 sedãs e um aditivo para mais seis caminhonetes. Agora, a Assembleia planeja ceder as caminhonetes já adquiridas para municípios utilizarem em áreas como Saúde e Educação. O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) já se manifestou favoravelmente à possibilidade de firmar esse tipo de parceria com as prefeituras.
