.jpg)
31/01/25
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a desautorizar qualquer movimentação do senador Wilder Morais (PL) para definir o candidato do partido ao Senado por Goiás nas eleições de 2026. Em entrevista à Rádio Bandeirantes Goiânia nesta sexta-feira (31/1), Bolsonaro deixou claro que a escolha dos nomes passará exclusivamente por sua avaliação.
Ao ser questionado sobre o processo de definição no estado, o ex-presidente foi taxativo: não haverá espaço para indicações baseadas em interesses pessoais. “Não quero impor o nome. Mas, se aparecer o nome, faço uma análise. Se não convém com aquilo que nós queremos, não vai ser esse cara. Não adianta a executiva estadual, de estado nenhum, decidir por tal nome”, declarou. A fala foi interpretada como um recado direto a Wilder, que preside o PL em Goiás.
Bolsonaro reafirmou que terá a palavra final na escolha dos candidatos e destacou a necessidade de nomes de consenso, evitando trocas ao longo do processo. O ex-presidente também enfatizou que a eleição para o Senado será sua prioridade em 2026. “Para mim, é muito mais importante, no ano que vem, as eleições para senador do que para governador”, pontuou. O pleito de 2026 renovará 54 cadeiras no Senado, com dois senadores eleitos por cada estado e pelo Distrito Federal.
A crise interna no PL Goiás ficou ainda mais evidente com a nova declaração de Bolsonaro. Na semana passada, ele já havia demonstrado insatisfação com Wilder, ao afirmar que a decisão não caberá ao senador. “Não é quem o presidente de Goiás quer. Wilder, não é quem você quer. Tudo vai passar por mim [e por Valdemar Costa Neto]”, disse em outra entrevista.
Nos bastidores, a postura de Bolsonaro é interpretada como um reflexo do descontentamento com os resultados das eleições municipais de 2024. O PL sofreu derrotas significativas em Goiânia e Aparecida de Goiânia, os dois maiores colégios eleitorais do estado, aumentando a tensão dentro da sigla.
