02/02/25
A nova administração municipal de Anápolis segue identificando problemas financeiros herdados da gestão anterior, comandada por Roberto Naves (Republicanos). Um levantamento inicial aponta que a dívida deixada pelo ex-prefeito chega a R$ 1,6 bilhão, considerando juros de empréstimos contraídos, além de calotes que somam aproximadamente R$ 300 milhões. Com o avanço das auditorias, a expectativa é que os valores possam ser ainda maiores.
Os calotes estão relacionados ao não pagamento de serviços contratados pela prefeitura, muitos dos quais tiveram seus empenhos cancelados. Esse tipo de manobra, conhecida popularmente como “pedalada fiscal”, consiste em adiar ou suprimir obrigações financeiras para aparentar equilíbrio nas contas públicas.
De acordo com a equipe do atual prefeito, Márcio Corrêa (PL), diversas despesas não constavam na contabilidade oficial e estão sendo descobertas à medida que as auditorias avançam. Como resultado, contratos foram suspensos e passam por uma revisão detalhada. A gestão também apura possíveis indícios de superfaturamento e desvio de recursos.
O impacto da dívida sobre o orçamento municipal e as medidas para reequilibrar as finanças ainda estão sendo avaliados. No entanto, a administração já sinalizou que as investigações continuarão e que os valores do déficit podem aumentar à medida que novas irregularidades forem identificadas.