07/02/25
Na manhã desta quinta-feira (6/2), o ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) – principal alvo da Operação Panaceia, deflagrada pela Polícia Federal – divulgou um vídeo nas redes sociais para manifestar seu descontentamento com as investigações.
Em suas declarações, Perillo afirmou que não se surpreendeu com a ação e insinuou que a operação seria uma "armação odienta" para coibir sua oposição ao atual governador, Ronaldo Caiado, além de defender que não tem nada a esconder, mesmo diante das denúncias.
A investigação apura contratos firmados entre a Organização Social Instituto Gerir – responsável pela gestão de dois hospitais estaduais entre 2012 e 2018 – e o escritório de advocacia de João Paulo Brzezinski, que também atuava como advogado pessoal de Perillo.
Segundo o inquérito, o escritório foi excessivamente favorecido, tendo sido contratado não apenas pela Gerir, mas por outras nove organizações sociais de hospitais estaduais. O relatório aponta que, somente da Gerir, o escritório recebeu R$ 4,79 milhões entre 2013 e 2018, enquanto um grupo de pessoas jurídicas associadas ao advogado movimentou R$ 7,42 milhões no mesmo período.
Em resposta às declarações de Perillo, a Secretaria de Comunicação do Governo de Goiás divulgou uma nota. Segundo o documento, "soa como piada a 'nota de repúdio' distribuída pelo ex-governador Marconi Perillo nesta quinta-feira, após ser alvo de mais uma operação da Polícia Federal".
A nota acusa Perillo de agir de forma dissimulada e de lançar ataques rasteiros ao governador Ronaldo Caiado, numa tentativa de criar uma "cortina de fumaça" para ocultar denúncias de desvios de recursos públicos ocorridos durante seus mandatos.
Além disso, a mensagem ressalta que o ex-governador não apresentou explicações consistentes para as denúncias investigadas pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela Polícia Federal, e enfatiza que "o governador Ronaldo Caiado não vai responder ao investigado. Ele é quem deve explicações à Justiça".
