15/02/25
Um assessor do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) afirmou que os R$ 72 mil em espécie apreendidos pela Polícia Federal (PF) durante uma operação em outubro de 2024 pertenciam à sua mãe, de 73 anos. O dinheiro foi encontrado na residência do assessor, que mora com a idosa, e seria fruto de pagamentos de aluguéis recebidos por ela.
A operação, que investigava um suposto esquema de desvio da cota parlamentar de Gayer, cumpriu , à época, 18 mandados de busca e apreensão em cidades como Brasília, Cidade Ocidental, Valparaíso de Goiás, Aparecida de Goiânia e Goiânia. O assessor apresentou contratos de aluguel em nome da mãe para justificar a origem do dinheiro, mas a justificativa não convenceu a PF, que manteve a apreensão do valor.
O advogado de Gayer, Victor Hugo Pereira, criticou o timing da operação, realizada a menos de um mês do segundo turno das eleições. Ao portal Folha Z, ele afirmou que ações judiciais nesse período podem interferir na política local. “Ações dessa natureza não deveriam ser realizadas na reta final do processo eleitoral, pois atos judiciários podem interferir diretamente na política local, comprometendo a seriedade das decisões”, disse.
A operação fez parte de uma investigação que apurava supostos desvios na cota parlamentar do deputado. Além do dinheiro apreendido, a PF buscava documentos e outras provas que possam esclarecer o esquema.
