07/03/25
O produtor de soja Carlos Teles Vieira, de 47 anos, acusado de assassinar o dono de bar José Carlos Pereira Sampaio, de 57, no distrito de Roselândia, em Bela Vista de Goiás, teria cometido o crime por vingança. A motivação estaria ligada a um suposto estupro sofrido pela então namorada de Carlos, em agosto de 1996. A informação foi revelada pela filha do suspeito em um texto cuja autenticidade foi confirmada pelo advogado da família.
"Aos 14 anos, em agosto de 1996, minha mãe foi estuprada por José Carlos (Zezin). Na época, ela já namorava meu pai, que tinha 17 anos. Além do crime, José Carlos espalhou pela comunidade que o ato teria sido consensual, causando grande humilhação para ela e para meu pai", descreveu a filha no relato.
Segundo o texto, a mãe do suspeito teria ficado grávida após o episódio, mas na época não foi possível comprovar a paternidade por meio de um teste de DNA. No último sábado (1º), após um dia de trabalho, Carlos teria demonstrado grande ansiedade, tomado remédios para dormir e consumido cinco latas de cerveja, sem conseguir se acalmar. "Ele pegou a arma, registrada em seu nome, e saiu de casa pedindo desculpa à minha mãe. Ela ainda tentou impedi-lo, mas no dia seguinte, a polícia bateu na porta dela", escreveu a filha.
O crime ocorreu por volta das 22h de sábado (1º), no Bar Não Tem Dia, localizado na praça de Roselândia. De acordo com a Polícia Militar (PM) de Goiás, o suspeito chegou ao local de óculos escuros, após estacionar uma caminhonete branca em uma rua próxima. Em seguida, entrou no estabelecimento e atirou contra José Carlos.
Do lado de fora, ainda teria feito dois disparos para o alto antes de fugir. O Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) foi acionado, mas a vítima já estava sem vida. Segundo as autoridades, o crime foi cometido com uma pistola 9 mm. Câmeras de segurança de um comércio próximo registraram um veículo que seria a caminhonete do suspeito fugindo da cena do crime.
Carlos, conhecido como "Carlos da Soja", não foi preso, pois se apresentou à polícia após o período de flagrante. O caso segue sob investigação.