Goiânia, 09/03/2025
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Lêda Borges avalia saída do PSDB e pode se filiar ao PDT de Flávia Morais

09/03/25

A deputada federal Lêda Borges (PSDB) pode trocar de legenda na próxima janela partidária. Com o enfraquecimento do PSDB em Goiás, a parlamentar avalia novas opções e tem sido cortejada por diferentes siglas. Uma das possibilidades é sua filiação ao PDT, partido da também deputada Flávia Morais, que tem se empenhado para trazer a colega para a legenda.  

No entanto, o cenário ainda é incerto. Lêda Borges também tem sido cotada para o União Brasil, mas um atrito interno com a deputada Zeli Fritsche pode inviabilizar sua entrada no partido. Com isso, ela considera outras legendas da base governista, entre elas, o PDT.  

A movimentação de Lêda Borges não é isolada. Flávia Morais, um dos principais nomes do PDT, também avalia seu futuro político. Com receio de que a legenda não alcance o quociente eleitoral necessário para garantir sua reeleição em 2026, ela cogita deixar o partido do ministro Carlos Lupi e migrar para o PP, do deputado federal Adriano do Baldy, ou para o Republicanos, de Marcos Pereira. O União Brasil também estaria interessado em seu passe.  

Entretanto, há um fator que indica que Flávia Morais ainda deseja permanecer no PDT: a tentativa de atrair Lêda Borges para o partido. A estratégia poderia fortalecer a chapa e garantir maior competitividade para ambas.  

O grande impasse, no entanto, é a matemática eleitoral. Caso o PDT lance apenas duas candidatas fortes — Flávia Morais e Lêda Borges —, a tendência é que apenas uma delas se eleja. O receio da deputada tucana é justamente servir de escada para Flávia Morais. Por isso, ela só deve aceitar a filiação caso a legenda consiga atrair mais dois ou três nomes com potencial de voto, tornando a chapa mais equilibrada.  

Apesar das conversas em andamento, Lêda Borges não pode se movimentar antes da janela partidária sem correr riscos jurídicos. Se deixar o PSDB agora, pode ter o mandato contestado pelo ex-governador Marconi Perillo, que ainda mantém forte influência na legenda.  

Na semana passada, um tucano resumiu o sentimento interno do partido: “Nós, do PSDB, consideramos Lêda como uma ‘traidora’ política. Se ela sair fora da janela partidária, vamos tomar-lhe o mandato e repassá-lo para o suplente Matheus Ribeiro”, afirmou ao jornal Opção.


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