17/03/25
A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (16), na praia de Copacabana, reuniu 18,3 mil pessoas no momento de pico, segundo estimativa do Monitor do Debate Público do Meio Digital, do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em parceria com a ONG More in Common. O número representa pouco mais da metade dos quase 33 mil manifestantes que participaram de outro ato no mesmo local, em abril de 2024.
A contagem foi feita por meio de fotos aéreas analisadas por um software de inteligência artificial. Imagens capturadas em diferentes horários mostraram que o maior público foi registrado ao meio-dia. O método, desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Chequião, na China, e pela empresa Tencent, tem margem de erro de 12% e foi utilizado em outras manifestações de grande porte no Brasil.
A queda no número de participantes contrasta com a expectativa de Bolsonaro, que chegou a declarar que esperava 500 mil pessoas no ato. Em vídeo publicado no início de março, o ex-presidente chegou a mencionar a possibilidade de reunir "um milhão de pessoas" em Copacabana. O esvaziamento reforça uma tendência de redução da adesão popular aos eventos bolsonaristas desde que ele deixou o cargo.
Apesar do público menor, o evento reuniu figuras políticas aliadas do ex-presidente, como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e do Rio, Cláudio Castro (PL), além do pastor Silas Malafaia, do presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto, e dos filhos Carlos e Flávio Bolsonaro. A manifestação teve como principal pauta a defesa da anistia aos envolvidos nos ataques golpistas de 8 de janeiro.
Esse foi o quarto ato promovido por Bolsonaro desde o fim de seu mandato. Com a mesma pauta, ele já convocou uma nova manifestação para o dia 6 de abril, na Avenida Paulista, em São Paulo.
