18/03/25
A ex-empresária e motorista de aplicativo Rosana Maciel Gomes, 51, natural de Goiás, está entre as quatro brasileiras presas nos Estados Unidos ao tentar entrar ilegalmente no país. As mulheres são fugitivas da Justiça brasileira por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. A Polícia de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) confirmou as prisões e as deportações previstas ao portal UOL.
Segundo a ICE, Rosana e outras duas brasileiras foram detidas em 21 de janeiro de 2025, um dia após a posse de Donald Trump, que, ao reassumir a presidência dos EUA, iniciou uma política de deportação em massa de imigrantes ilegais. A quarta integrante do grupo foi presa dias antes. Atualmente, todas estão em centros de detenção no Texas e aguardam a expulsão para o Brasil. As brasileiras haviam fugido para a Argentina no primeiro semestre de 2024, mas, diante dos pedidos de extradição do Supremo Tribunal Federal (STF), tentaram ingressar nos EUA no fim do ano passado para solicitar asilo político.
A primeira prisão ocorreu em 12 de janeiro, quando Raquel Souza Lopes foi detida ao cruzar a fronteira pela cidade de La Grulla, Texas. No dia 21, Rosana, Michely Paiva Alves e Cristiane da Silva foram capturadas ao ingressar ilegalmente no país pela região de El Paso. As circunstâncias exatas da detenção não foram detalhadas pela Patrulha de Fronteira, mas todas foram processadas sob o regime de “expulsão acelerada”, que permite a deportação sem audiência perante um juiz de imigração.
A política migratória de Trump tem endurecido as ações das autoridades fronteiriças. Em seu discurso de posse, ele prometeu interromper imediatamente toda entrada ilegal e afirmou que os EUA "devolverão milhões de criminosos estrangeiros aos lugares de onde vieram". O governo norte-americano confirmou que as quatro brasileiras serão devolvidas ao Brasil nos próximos dias.
