26/03/25
A Prefeitura de Goiânia reduziu significativamente os investimentos em áreas como gestão ambiental, cultura e ciência e tecnologia em 2024, último ano da administração de Rogério Cruz (SD). Entre os setores mais afetados, o meio ambiente sofreu uma queda de 36% nos recursos aplicados, passando de R$ 5,5 milhões em 2023 para R$ 3,6 milhões no ano passado.
O professor Antônio Pasqualetto, pós-doutor em Engenharia Ambiental e membro do Conselho Municipal de Meio Ambiente, criticou a falta de prioridade para as questões ambientais. "Diante das mudanças climáticas e seus impactos na drenagem urbana e nas ilhas de calor, o meio ambiente segue em segundo plano na gestão municipal", afirmou.
Pasqualetto também destacou que, apesar da aprovação do Plano de Arborização Urbana, houve episódios de retirada de árvores sem replantio adequado. Um dos exemplos citados foi a intervenção na Avenida Castelo Branco, onde a reposição vegetal não ocorreu de forma técnica, comprometendo o desenvolvimento das plantas. "A redução de recursos afetou diretamente ações que impactam na qualidade de vida da população. Uma cidade quente e seca como Goiânia exige atenção especial à arborização", completou.
Sobre a nova administração de Sandro Mabel (UB), o especialista avalia que há expectativa de uma gestão mais eficiente na aplicação dos recursos, embora reconheça que os ajustes fiscais do Paço Municipal possam impactar o setor ambiental.
Em nota, a gestão de Rogério Cruz justificou que, apesar da redução nos recursos destinados à gestão ambiental, a prefeitura investiu cerca de R$ 200 milhões em obras de drenagem urbana, consideradas "essenciais para o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida da população". Além disso, a administração destacou o plantio de 380 mil árvores, a inauguração de sete parques e a revitalização de 75 praças.
