29/03/25
A tentativa do Partido Liberal (PL) de obstruir votações no Congresso Nacional em protesto contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que tornou o ex-presidente Jair Bolsonaro réu gerou críticas. Durante o Edição 18, da GloboNews, desta semana, a jornalista Natuza Nery classificou a manobra como um factoide e questionou a viabilidade da estratégia.
A bancada do PL, liderada por deputados como Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO), anunciou que não participará de votações na Câmara e no Senado até que Bolsonaro seja inocentado. Para Natuza, essa decisão prejudica diretamente o andamento de pautas importantes para o país.
"Como você explica para a população brasileira que a Câmara dos Deputados - com medidas importantes para a economia, para a vida das pessoas, segurança pública, imposto de renda - vai parar para resolver o problema do Bolsonaro ou dos condenados no 8 de janeiro? Imagina só? O pessoal vai ter que explicar (...). Essa história da obstrução é grave”, afirmou a jornalista.
Ela também ressaltou a contradição dos bolsonaristas ao defender que crimes comuns sejam julgados pela primeira instância. “Duvido que um parlamentar do centrão vai achar uma boa ideia ser julgado pela primeira instância (...). Será mesmo ou será que faz parte de um belo factoide?”, ironizou.
Por fim, Natuza questionou se o presidente da Câmara, Hugo Motta, estaria disposto a arriscar seu mandato por essa pauta. "Será que o presidente da Câmara, Hugo Motta, vai querer detonar o mandato dele com uma guerra campal em torno de uma anistia para poucos? É claro que não. Ano que vem é ano de eleição”, alertou.
