17/04/25
Um vídeo antigo do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) voltou a circular nas redes sociais com informações falsas sobre o atentado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ocorrido em 2018. No conteúdo, Gayer afirma que Adélio Bispo, autor da facada, teria confessado que o Partido dos Trabalhadores (PT) foi o mandante do crime.
A gravação voltou a ser compartilhada no WhatsApp, X (antigo Twitter) e Facebook, desta vez com alegações ainda mais graves, envolvendo os nomes de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e do ex-ministro José Dirceu como supostos mandantes, além de acusar a ex-deputada Manuela D’Ávila (PSOL) de ter ajudado na logística da ação.
As informações são falsas e já foram desmentidas diversas vezes por agências de checagem. De acordo com a Defensoria Pública da União (DPU), responsável pela defesa de Adélio desde 2019, não há nenhum novo depoimento ou delação por parte dele. O último registro oficial prestado por Adélio ocorreu em 19 de agosto de 2019, segundo a DPU, que também afirmou não ter sido notificada sobre qualquer nova manifestação do réu.
As investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) sobre o caso concluíram que Adélio Bispo agiu sozinho, motivado por razões políticas. A corporação reforçou que qualquer nova informação sobre o caso seria divulgada exclusivamente por seus canais oficiais. Atualmente, Adélio cumpre medida de segurança na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), após ter sido declarado inimputável pela Justiça em razão de um transtorno mental comprovado por laudo pericial.
A circulação do vídeo e das novas alegações reforça o uso político de teorias conspiratórias desmentidas pela Justiça e pelas autoridades. A PF reitera que boatos espalhados fora dos meios oficiais são de responsabilidade exclusiva de quem os compartilha.
