29/04/25
O Jornal Opção aponta que o PSD, sob a liderança do senador Vanderlan Cardoso, está à beira do colapso político em Goiás. Segundo avaliação publicada nesta terça-feira (29), o partido se encontra sem projeto estratégico, sem articulação interna e corre o risco de sequer montar chapas competitivas para as eleições de 2026.
“Hoje, o PSD é o ‘PSDB do B’ — uma sigla sem rumo, que vive de forma zumbi no cenário estadual”, afirma uma fonte ligada à legenda. Na comparação com o PSDB, apontado como um "partido vampiro" por buscar se sustentar absorvendo quadros de outras siglas, como o Podemos, o PSD seria uma versão sem direção nem mobilização mínima.
Ainda segundo a fonte, Vanderlan estaria ausente das articulações partidárias e teria delegado o comando da legenda a figuras sem capilaridade política. “O partido está nas mãos de Samuel Almeida e do deputado federal Ismael Alexandrino, que não têm liderança nem conhecimento sobre os filiados. Não há reuniões, não há planejamento. O Ismael gosta mesmo é de dar tiros”, ironizou.
O cenário para 2026 é preocupante. O partido, que atualmente conta com os deputados estaduais Cairo Salim e Wilde Cambão, corre o risco de não eleger nenhum representante. Ambos estariam negociando filiação com outras siglas: Cambão deve migrar para o União Brasil e Cairo Salim conversa com o Avante, do deputado Gugu Nader.
No plano federal, os nomes cogitados são o próprio Ismael Alexandrino e Izaura Cardoso, esposa do senador. No entanto, a avaliação interna é de que, sem pelo menos três candidatos competitivos, a chapa será irrelevante. “Juntos, não chegam a 300 mil votos. E não acredito nem que Izaura será candidata, após a derrota fragorosa em Senador Canedo, onde ficou em terceiro lugar”, disse a fonte.
O PSD em Goiás elegeu apenas três prefeitos em 2020 e já perdeu um deles. Dos eleitos, apenas Marcão do Siri, de Itaguari, está vinculado diretamente ao grupo de Vanderlan. Os demais orbitam outras lideranças, como o ex-deputado federal Vilmar Rocha, que presidiu o partido até recentemente e hoje é cobiçado por MDB e União Brasil. Há rumores de que ele pode disputar uma vaga no Senado ou na Câmara dos Deputados em 2026.
A conclusão da análise é que o PSD, embora nacionalmente relevante, está se tornando um partido irrelevante em Goiás, principalmente pela falta de ação de Vanderlan. “Sem articulação estadual e com alta rejeição entre bolsonaristas e pouca penetração à esquerda, Vanderlan corre o risco de ser descartado até por aqueles que ajudou”, sentencia a fonte.
