22/01/24
Isolado, sem reunir partidos e lideranças de peso em torno de seu projeto de disputar a prefeitura de Goiânia, o senador Vanderlan Cardoso, presidente estadual do PSD, conseguiu rachar o próprio partido. A crise foi provocada pela indicação de Vanderlan de que pode apoiar a deputada federal Adriana Accorsi (PT), indicando a vice na chapa.
A ala do PSD ligada ao Palácio das Esmeraldas, integrada pelo ex-deputado federal e ex-presidente estadual do partido, Vilmar Rocha, ex-deputado federal e presidente da Codego, Francisco Jr, deputados estaduais Wilde Cambão e Cairo Salim, vice-prefeito Márcio Cândido (Anápolis) rejeitam a aliança com o PT não apenas em Goiânia, mas em todo o estado. A tendência dos governistas do PSD é apoiar o candidato à prefeitura de Goiânia que for lançado pelo Palácio das Esmeraldas.
Os governistas alegam que Vanderlan Cardoso não acatou a decisão do PSD de apoio à reeleição de Ronaldo Caiado após ter contado com a presença do governador em seu palanque na disputa pela prefeitura de Goiânia em 2020. Se queixam também do senador ter trocado a candidatura de Vilmar Rocha ao Senado pela de Wilder Morais em 2022.
Vilmar Rocha e seus aliados sustentam que, caso Vanderlan Cardoso desista de disputar a prefeitura de Goiânia, o PSD precisa encontrar um substituto e não abrir mão da cabeça de chapa, com a sugestão de Francisco Jr entrar na disputa.
Desde que deixou a prefeitura de Senador Canedo, Vanderlan acumula uma série de desgastes políticos, graças a facilidade que tem para deixar aliados pelo caminho. Para a disputa deste ano, o senador não conseguiu conquistar alianças com o União Brasil, MBD, PL e PSDB, ficando de lado na corrida para a prefeitura da Capital, sobrando somente o PT como opção.
