23/01/24
O Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) nomeou recentemente quatro novos ocupantes para cargos comissionados, criados por lei no mês passado para reforçar os serviços de fiscalização e controle da instituição. No entanto, as nomeações vêm gerando polêmicas, especialmente devido à falta de critérios transparentes na escolha dos nomeados.
Entre os novos ocupantes dos cargos, chama atenção a nomeação de Milena Gebrim Braga Nunes, filha de um desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). A trajetória de Milena inclui passagens por cargos comissionados no governo estadual durante a gestão de Marconi Perillo (PSDB).
Outro nome que suscita questionamentos é o de Silvio Antônio da Silva, que já ocupava cargo comissionado na Assembleia Legislativa desde, pelo menos, 2013. A transparência em relação aos critérios de escolha para os novos cargos fica comprometida quando um mesmo indivíduo transita entre órgãos públicos sem critérios claros de mérito.
Kelen dos Reis Gama, fotógrafa e proprietária de uma loja de roupas no interior, e Telmo do Nascimento de Almeida Filho, engenheiro civil recém-formado sem registro no Conselho Regional de Engenharia de Goiás (Crea), completam a lista de nomeados.
O projeto de lei que autorizou essas nomeações substituiu 55 cargos efetivos por 24 comissionados, gerando uma economia alegada de R$ 2,8 milhões por ano. No entanto, as circunstâncias em torno das escolhas levantam dúvidas sobre a verdadeira intenção por trás dessa reestruturação e colocam em xeque o comprometimento do TCE-GO com critérios técnicos e transparentes na ocupação de seus quadros.
