27/01/24
Anunciado com pompa em outubro do ano passado, o Programa Centraliza, que visava revitalizar a região central de Goiânia, encontra-se aquém das expectativas, com apenas 4 de suas 15 ações que saíram do papel até o momento. A promessa de uma transformação abrangente no Centro, apresentada como imediata e a curto, médio e longo prazo, permanece mais no campo das intenções do que na realidade efetiva.
Dentre as ações em andamento, resumem-se a um projeto de zeladoria iniciado em dezembro passado, envolvendo recapeamento de ruas, instalação de lâmpadas de LED, reforma de calçadas e retirada de fios sem uso. Embora essas intervenções sejam importantes, elas representam apenas uma pequena parcela das promessas feitas no âmbito do Programa Centraliza.
Os projetos catalisadores, considerados os principais do Centraliza, estão estagnados, dependentes de aprovação da Câmara Municipal, análises burocráticas internas da Prefeitura ou negociações em curso. A requalificação do Bosque dos Buritis, do prédio sede do Jóquei Clube e do Grande Hotel, a pedestrianização de parte da Avenida Anhanguera e o programa Adote Uma Viela aguardam avanços concretos.
O programa Adote Uma Viela, que inclui propostas de isenções fiscais específicas para investidores, empreendedores, moradores e comerciantes do Setor Central, é apontado como o ponto importante do Centraliza. Contudo, mesmo após ser encaminhado para a Câmara Municipal em dezembro, o projeto ainda não avançou como esperado, enfrentando entraves que vão além da esfera legislativa.
O titular da Secretaria Municipal de Finanças, Vinícius Henrique Alves, expressou ao jornal O Popular sua frustração com a falta de movimentação em torno do projeto na Câmara. Ela destacou a necessidade de apoio para dar continuidade a um programa que deveria ser uma iniciativa de governo, ao apontar a ausência de audiências públicas agendadas para debater o projeto, evidenciando uma inércia que compromete a concretização das propostas.
Mesmo as ações próprias do Paço Municipal, como o recapeamento, a troca de lâmpadas e as reformas de calçadas, sofreram atrasos em relação ao cronograma inicial da Secretaria Municipal de Finanças. A falta de sincronia nas ações do Programa Centraliza e as dificuldades para efetivar propostas essenciais apontam para uma falha entre as promessas de transformação e a realidade enfrentada pela região central de Goiânia.
