30/01/24
O PSDB enfrenta um cenário desafiador à medida que se aproxima das eleições municipais, com a escassez de candidaturas próprias nas capitais do país e uma estratégia voltada para o apoio a aliados. A sigla, que já foi responsável por comandar 991 prefeituras em seu auge em 2000, hoje enfrenta um declínio, com apenas 345 prefeituras sob seu comando. A crise interna se reflete, especialmente, em São Paulo, onde a morte de Bruno Covas e a indefinição sobre o pleito geram descontentamento e ampliam divisões dentro do partido.
A situação em São Paulo é considerada um "retrato" do momento delicado vivido pelo PSDB, com o presidente municipal, Orlando Faria, renunciando ao cargo e o vice-presidente da Câmara Municipal, João Jorge, optando pela desfiliação. A incerteza sobre a postura do partido na capital paulista alimenta o racha interno, com debates sobre apoiar o atual prefeito, lançar um candidato próprio ou dar suporte à deputada federal Tabata Amaral (PSB). A possível volta de Andrea Matarazzo é cogitada, mas enfrenta resistência de setores da sigla.
O presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo, responde às críticas ao jornal O Globo afirmando que a responsabilidade está nas mãos dos presidentes estaduais e líderes, uma abordagem descentralizada que, segundo ele, visa colaborar com todos. Marconi Perillo planeja viajar a estados estratégicos para estimular o lançamento de candidaturas em cidades importantes, com foco especial em São Paulo e Minas Gerais, além dos estados já sob comando tucano: Rio Grande do Sul, Pernambuco e Mato Grosso do Sul.
