15/12/23
No encerramento de seu mandato à frente da Prefeitura de Goiânia, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos), está gerando polêmica ao lançar cinco licitações de grande porte, cujo valor total ultrapassa a marca de R$ 1 bilhão. Essas movimentações chamam atenção pela sua realização por ser exatamente no último ano de mandato e levanta questionamentos sobre os reais interesses por trás dessas decisões.
O anúncio recente de um concurso público para a Guarda Civil Metropolitana, com a responsabilidade de pagamento destinada ao próximo prefeito, foi seguido por essas licitações vultuosas. O prazo acelerado para esses processos, com a necessidade de conclusão antes do dia 30 de dezembro, justifica-se pelo término da vigência de uma lei federal que regulamenta licitações e contratos na administração pública.
Entre as licitações, está o pregão do parque semafórico, com um montante global de R$ 53 milhões. Outras duas licitações significativas estão em andamento: a do parque luminotécnico, estimada em R$ 196,8 milhões, e a da substituição de radares de trânsito, com um valor global de R$ 251 milhões. Adicionalmente, há duas concorrências de grande porte em curso: a requalificação do corredor da Avenida T-7, avaliada em R$ 10,1 milhões, e a coleta de resíduos e varrição mecanizada, com um orçamento expressivo de R$ 494,9 milhões.
A rapidez desses processos e os valores substanciais envolvidos levantam preocupações sobre a transparência e a real necessidade destes investimentos no momento final da gestão de Rogério Cruz. Enquanto o prefeito dificilmente se posiciona como candidato à reeleição, as ações voltadas para o aporte financeiro, ao invés do bem-estar da cidade, podem se transformar em uma verdadeira cruz pesada para Goiânia.
