06/02/24
Se está tudo ruim, o goianiense pode esperar por dias muito piores. O presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), desembargador Carlos França, suspendeu a tramitação do empréstimo de R$ 710 milhões, solicitado pelo prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos).
O desembargador acatou o parecer do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Na nova decisão, dada na noite desta segunda-feira, 5, um dia antes da primeira sessão do ano na Câmara Municipal, França lembra que, depois do deferimento da liminar que fez o projeto voltar a tramitar, o MP-GO enviou recomendação à Câmara para que a tramitação fosse suspensa "considerando as irregularidades e fragilidades observadas, na medida em que a aprovação do texto legislativo apresentado pode encerrar intenso e irremediável prejuízo ao erário municipal."
O Paço tenta desesperadamente fechar a operação após três anos de erosão fiscal promovida pela gestão desastrosa de Cruz, que torrou a poupança de R$ 1,4 bilhão do ex-prefeito Iris Rezende (MDB). O quadro nos últimos anos foi de aumento exponencial dos gastos, sem planejamento e fontes de financiamento, o resultado será mais obras paradas pela capital. Os atrasos em repasses, que já ocorrem, como no caso das maternidades, devem se avolumar.
O cenário será de penúria nos últimos meses da melancólica gestão, que não quis seguir o Plano de Governo de Maguito Vilela (MDB). Se a crise do lixo está longe de ser resolvida, os servidores da Prefeitura de Goiânia põem ficar com as barbas de molho, pois o facão e até mesmo atraso de salários não são descartados. Atrasos que já é rotina entre os terceirizados.
