09/02/24
A prefeitura de Goiânia já começou a montar a estrutura para a realização do Carnaval da Praça Cívica. A organização do evento ficou marcada pelo imbróglio com o governo estadual que não foi previamente comunicado.
O governo do Estado foi pego de surpresa quando a Secretaria Municipal de Cultura (Secult Goiânia) postou nas redes sociais a programação do projeto Goiânia Tem Carnaval, que inclui a Praça Cívica, no Centro, como o principal endereço das festividades.
“Minha preocupação é em relação à praça, que atualmente está com prédios tombados como patrimônios históricos em obras, além da segurança dos foliões, já que há no local canos expostos”, isse a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes. Diante do problema, a pasta decidiu, preventivamente, instalar tapumes ao redor das unidades durante o feriado prolongado.
Além de Tati Quebra Barraco, nos dias de folia, de sexta (9) até a terça-feira (13), passam pela Praça Cívica nomes como Elly Bernardes, Grupo Asas do Picadeiro, o DJ Jiraya Uai e a Escola de Samba Lua Alá. A ideia, de acordo com a Secult Goiânia, é ocupar a Praça Cívica e outros pontos históricos da cidade, como a Antiga Estação Ferroviária e a Praça Tamandaré.
“Não somos contra a festa, muito pelo contrário. Queremos promover a ocupação do local, mas com segurança e cuidados relacionados aos bens históricos”, salienta Yara, que reitera a necessidade de diálogo entre as esferas administrativas.
As preocupações com a praça do Centro, tombada em níveis municipal, estadual e federal, são por conta das finalizações das obras nos prédios do Centro Cultural Marieta Telles, sede da Secult Goiás, o Palácio das Esmeraldas e edifício da antiga Procuradora Geral do Estado, que deve se tornar a Casa do Artesanato de Goiás.
Outros prédios, como o Museu Zoroastro Artiaga, devem entrar em obras nas próximas semanas. O Iphan Goiás, por meio de sua assessoria de imprensa, afirma que recebeu um ofício há um mês para a autorização do evento municipal na praça.
