Goiânia, 21/10/2024
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Empréstimo de R$ 1 bilhão expõe quadro de erosão fiscal promovida por Rogério Cruz

11/12/23

Ao pedir autorização da Câmara Municipal para contrair empréstimo de R$ 1 bilhão, depois reduzido para R$ 710 milhões, o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), confirma o quadro de deterioração fiscal que promoveu em três anos à frente da Prefeitura de Goiânia.

“Pode acontecer de fechar no vermelho”, confessou ao jornalista Rubens Salomão no último dia 8 em entrevista ao jornal O Popular. A que na arrecadação, aliada a escalada nos gastos com folha de pagamento, relatada pelo próprio, arrastou a capital para o quadro de imprevisibilidade que entrará em 2024, último ano da atual gestão.

Vereadores de oposição já se debruçam sobre as possíveis inconsistências nos balancetes fiscais que apontavam disponibilidade de caixa de R$ 1,42 bilhão em agosto, sendo quase R$ 1 bilhão sem nenhuma vinculação.

Qual o real motivo do endividamento, se a prestação do 2º quadrimestre de 2023 revela que a gestão Cruz liquidou apenas R$ 106 milhões, 44% dos 301 milhões do previsto em investimentos, e apenas 14,8% dos R$ 681,6 milhões previstos no orçamento deste ano?

No ritmo atual, levaria mais de dois anos apenas para empenhar o valor do empréstimo e carca de quatro anos para liquidá-lo, ou seja, dificilmente alguma obra listada estaria sequer em andamento até a próxima disputa eleitoral. Especula-se que o real motivo da operação seja antecipar um quadro ainda pior que levaria ao colapso de serviços básicos, alguns já em crise, como lixo e maternidades e até mesmo ao atraso do funcionalismo. 

 


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