13/02/24
Segundo matéria do Jornal Anhanguera, a Polícia Federal esteve na casa do Tenente-Coronel Guilherme Marques Almeida, cumprindo mandado de busca e apreensão, expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Ele é um dos militares suspeitos de arquitetar uma tentativa de golpe do Estado.
A reportagem revela que entre as provas que aparecem no processo do STF está uma conversa de Guilherme Marques com o delator Mauro Cid, que também é Tenente Coronel do Exército e ex ajudante de Ordens do governo Jair Bolsonaro.
Almeida assumiu o Batalhão de Operações Psicológicas no mês passado. Ele foi um dos alvos da operação da Polícia Federal que identificou a participação de militares numa tentativa de golpe de Estado depois das eleições de 2022.
O militar está proibido de entrar em contato com os outros investigados e impedido de sair do país. Alexandre de Moraes também pediu o afastamento de Guilherme Marques das funções públicas.
Ainda de acordo com a reportagem, a Polícia Federal conseguiu provas da participação do Tenente Coronel no núcleo de desinformação e ataques ao sistema eleitoral. O grupo seria responsável por criar e espalhar notícias falsas sobre a segurança das urnas eletrônicas e fraude nas eleições. Esse esquema teria incentivado a permanência de bolsonaristas nas portas de quartéis do Exército defendendo um golpe de Estado.
Segundo a PF, nas conversas com Mauro Cid, Guilherme Marques comemorou a criação de um site hospedado em um servidor em Portugal que divulgaria conteúdo falso sobre as eleições, além de se colocar à disposição para encaminhar material fraudulento, que já teria sido retirado da internet.