Goiânia, 21/10/2024
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Sem pagamento de Rogério Cruz, médicos anestesistas param de trabalhar e colapso aumenta

16/12/23

A gestão do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) em Goiânia enfrenta mais um capítulo crítico na área da saúde. A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas de Goiás (COOPANEST-GO) anunciou a suspensão dos atendimentos para cirurgias e exames eletivos desde esta sexta-feira, 15, enquanto os procedimentos emergenciais serão interrompidos a partir de 5 de janeiro de 2024. A decisão, tomada em assembleia no início de dezembro, reflete a ausência de contrato e atrasos nos pagamentos por parte da prefeitura, elevando ainda mais a preocupação com o colapso no sistema de saúde municipal.

A COOPANEST-GO ressalta que o comunicado sobre a suspensão foi feito em 6 de dezembro, sem que houvesse uma iniciativa da Secretaria Municipal de Saúde para buscar uma solução conjunta que evitasse a interrupção dos serviços. Uma reunião agendada para 8 de dezembro foi cancelada pela secretaria, alegando falta de compatibilidade de agendas, agravando ainda mais a situação.

O presidente da cooperativa, Haroldo Maciel Carneiro, explicou que a falta de contrato entre as partes já persiste desde janeiro, mas, preocupada com o impacto na população, a COOPANEST-GO continuou prestando serviços, mesmo sem contrato e com atrasos nos pagamentos. No entanto, a situação financeira e administrativa insustentável levou à decisão de suspender os atendimentos.

A dívida acumulada pela prefeitura com a COOPANEST-GO é de quase R$ 26 milhões, segundo a cooperativa. Mesmo após negociações no passado, a atual gestão não efetuou os pagamentos acordados. A secretaria, por sua vez, reconheceu um saldo de R$ 2,733 milhões do contrato anterior, encerrado em janeiro de 2023, prometendo quitar o valor nos próximos dias. No entanto, até o momento, a cooperativa afirma não ter recebido nenhum repasse.

A crise na saúde de Goiânia se agrava e coloca em risco o atendimento à população e levantando questionamentos sobre a efetividade das políticas públicas no setor sob a gestão de Wilson Pollara. A falta de diálogo e a ausência de medidas efetivas para solucionar a crise comprometem o acesso a serviços essenciais e expõem a fragilidade do sistema de saúde municipal que está colapsado.


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