17/12/23
Uma matéria do Jornal Opção expôs recentemente o estado de abandono do Aterro Sanitário de Resíduos de Goiânia, localizado na Chácara São Joaquim, próximo à saída para Trindade pela GO-060. O cenário, que deveria ser destinado ao descarte ambientalmente adequado, tornou-se um testemunho silencioso de memórias pessoais, objetos e histórias que se acumularam ao longo dos anos.
O aterro, inaugurado em 1993, não é apenas um depósito de resíduos, mas um arquivo material das vivências dos goianienses desde sua fundação. Entre os objetos enterrados, há vestígios de relacionamentos, eventos marcantes, fases da vida e momentos que se perderam na montanha de resíduos. O local, que já foi um ponto de descarte clandestino, evoluiu para um aterro sanitário licenciado, mas, ao longo dos anos, não escapou de negligências e problemas de gestão.
A situação do aterro reflete, de certa forma, o comportamento social em relação ao descarte de resíduos na cidade. Apesar da conscientização crescente sobre a importância da coleta seletiva, metade dos 30 anos de existência do aterro transcorreu sem iniciativas eficazes. Somente em 2008, com o programa oficial de coleta seletiva do então prefeito Iris Rezende, houve um esforço mais organizado para lidar com os resíduos recicláveis.
A matéria destaca que o goianiense médio ainda não incorporou totalmente o hábito de cuidar do próprio lixo. O abandono do aterro e a falta de práticas sustentáveis contribuem para a ampliação da montanha de resíduos, que inclui desde objetos pessoais, como vidro de perfume e brinco, até componentes eletrônicos e embalagens descartáveis.
O abandono do Aterro Sanitário de Goiânia não apenas compromete a gestão ambiental da cidade, mas também destaca a necessidade contínua de conscientização e ações efetivas para lidar com a crescente quantidade de resíduos urbanos. A situação do Aterro mostra que a gestão precisa pensar em um local sustentável em relação aos resíduos, respeitando principalmente o meio ambiente.
