27/02/24
A Universidade Federal de Goiás (UFG) realizou uma auditoria financeira e operacional no Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (Imas), apontando uma disparidade significativa entre a arrecadação e as despesas do instituto. O relatório, que servirá como base para o plano de recuperação do Imas, destaca a necessidade de medidas imediatas para reverter o déficit.
De acordo com a auditoria financeira, no período de 2020 a 2022, o Imas arrecadou R$ 472.129.539,22, enquanto as despesas com a rede credenciada totalizaram R$ 540.502.986,93, resultando em um déficit de R$ 68.373.447,71. Já de janeiro a setembro de 2023, a média mensal arrecadada foi de R$ 16.038.833,55, com despesas de R$ 20.260.915,02, gerando um déficit de R$ 4.222.081,47.
O relatório também apresenta medidas de curto, médio e longo prazo para reestruturação do Imas. Entre as propostas estão a criação da Câmara de Negociação para tratar de questões contratuais com a rede credenciada, mudanças no credenciamento de prestadores de serviço, implementação de um novo modelo de credenciamento digital e a inauguração do Hospital do Servidor.
O presidente do Instituto, Marcelo Marques Teixeira, destaca a importância do diagnóstico apresentado pela UFG para orientar o plano de reestruturação. Ele ressalta a necessidade de aumento da receita do instituto para sanar as dívidas acumuladas. Entre as alternativas, está a mudança no credenciamento e a digitalização do processo para garantir segurança jurídica.
O plano de reestruturação também prevê a elaboração de um projeto de lei para a alteração da natureza jurídica do Imas, visando ampliar a cobertura e acesso a dependentes, semelhante ao modelo adotado pelo Ipasgo.
