29/02/24
O lixo, o mato e os moradores de rua se multiplicam pelo centro de Goiânia, mas os fotossensores continuam a todo vapor. Nunca se multou tanto em Goiânia, mas o centro é o palco preferido dos agentes, que não poupam a canetinha nervosa contra o contribuinte.
Os condutores sentem na pele a indústria da multa de Rogério Cruz em Goiânia. Em 2022 a arrecadação com multas saltou R$ 45 milhões, de R$ 77,8 em 2021 para R$ 123,1 milhões. Dados que ainda serão divulgados apontam para uma escalada ainda maior em 2023.
Mais de R$ 150 milhões devem sair do bolso do motorista, que enfrenta congestionamentos, semáforos intermitentes e jogados à própria sorte de uma árvore cair sobre o veículo a qualquer momento quando chove.
O fundo da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) bufa, com mais de R$ 50 milhões, enquanto o Departamento de Educação para o Trânsito é para "inglês ver". Para que educar se multar rende mais. Bom mesmo é torrar R$ 20 milhões com publicidade, contrato que já está sendo rodando.
Pelo que se vê, a gestão, que falta Educação, Saúde, Mobilidade e Limpeza Pública sobra para publicidade em ano eleitoral. Somado SMM e Secom, o Prefeitura de Goiânia terá quase R$ 50 milhões para divulgação. Enquanto isso a população agoniza por falta de gestão.
