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18/12/23
A Prefeitura da Capital tem ou não tem em caixa o dinheiro que declara ter? A pergunta é oportuna, uma vez que o município vem declarando nos seus relatórios fiscais que possui uma robusta disponibilidade de caixa. No entanto, diversas e costumazes reportagens na mídia local mostram as dificuldades que a gestão municipal, comandada pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos), vem enfrentando.
No decorrer do ano de 2023, e por diversas vezes, as maternidades públicas, geridas por OSs, ameaçaram ou suspenderam os atendimentos, devido à falta de recursos que não foram repassados pelo município de Goiânia. Na última semana, um tradicional hospital pediátrico da Capital suspendeu o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), alegando que não recebe os repasses da Prefeitura. Recentemente, o prefeito Rogério Cruz disse à imprensa que o Executivo goianiense pode fechar o ano no vermelho, sugerindo que o Paço enfrenta dificuldades financeiras.
Caixa bilionário
Em dezembro de 2020, já ao fim da sua gestão, o então prefeito Iris Rezende (MDB) entregou a Prefeitura de Goiânia com uma disponibilidade bruta de caixa que superava R$ 1 bilhão. Descontados os restos a pagar, processados e não processados, o emedebista deixou para a gestão de Rogério Cruz cerca de R$ 823 milhões em caixa, sendo R$ 413,9 milhões sem nenhuma vinculação orçamentária.
Ao fim de 2022, a disponibilidade de caixa da Prefeitura da Capital não só persistia como cresceu. De acordo com relatório do próprio Paço, o caixa contava com um montande de R$ 1,432 bilhão. Já ao fim de agosto deste ano, último mês do segundo quadrimestre, a Prefeitura de Goiânia continuava, conforme os seus próprios relatórios, ostentando uma bilionária disponibilidade de caixa líquido. O valor declarado foi de R$ 1,427 bilhão.
