03/03/24
Conforme decido em assembleia, que foi realizada na última terça-feira, 27, os servidores municipais administrativos da Educação de Goiânia decidiram manter a greve. A principal razão apontada é a ausência de uma proposta satisfatória da prefeitura para o plano de carreira desses servidores. A presidente do Sindicato dos Servidores da Educação de Goiás (Sintego), a deputada estadual Bia de Lima (PT), enfatizou que o Paço se comprometeu, no ano passado, a realizar um estudo para analisar a viabilidade financeira da proposta.
Segundo Bia de Lima, o orçamento da prefeitura, mesmo com o plano de carreira, não ultrapassaria o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "A prefeitura encerrou 2023 com 50%, enquanto o limite prudencial é de 54%. No entanto, a proposta acrescentaria apenas 1% no orçamento", explicou.
A presidente do sindicato também destacou que a única alteração apresentada pela Prefeitura foi um aumento de R$ 300 no auxílio locomoção. "O prefeito deveria tomar uma decisão, pois é uma questão mais política do que orçamentária", argumentou.
Bia de Lima anunciou que o assunto será levado ao Ministro do Trabalho, que está programado para visitar Goiás nesta quarta-feira, 28. "Vamos elaborar um documento mostrando essa situação e encaminhar um pedido de revogação da Lei Complementar 73, que retirou os quinquênios durante a pandemia, prejudicando ainda mais os servidores em todo o país", revelou.
A Secretaria Municipal de Educação (SME) informou que está agendada uma reunião para esta segunda-feira, 4 de março, para discutir a conclusão do Plano de Carreira dos Administrativos da Educação, conforme determinação do desembargador Fernando Braga do Tribunal de Justiça de Goiás. A SME ressaltou que, apesar das discussões em andamento, os servidores optaram pela greve, mas as negociações e o diálogo com a categoria estão sendo mantidos, e a expectativa é que a reunião de março resulte na conclusão do plano de carreira.
