06/03/24
A pré-candidatura do jornalista Matheus Ribeiro à Prefeitura de Goiânia, lançada no último final de semana, despertou questionamentos sobre a verdadeira essência de sua proposta de "renovação política". O colunista Thiago Marques, do Diário do Estado de Goiás, destaca a contradição existente no discurso de Ribeiro, que prega a renovação mesmo sendo apadrinhado pelo ex-governador e atual presidente nacional do PSDB, Marconi Perillo.
Marconi, com um extenso histórico político que inclui um mandato como senador e quatro como governador de Goiás, está cada vez mais sob escrutínio devido às ações e iniciativas que não se alinham com a ideia de renovação. O colunista cita o caso em que o ex-governador tentou barrar a construção do Cora, o maior complexo oncológico da região Centro-Oeste, uma ação que vai contra a noção de renovação.
O texto levanta questionamentos sobre como Matheus Ribeiro poderá ser associado a práticas políticas tradicionais e a um político que enfrentou problemas legais, sendo preso pela Polícia Federal e perdendo duas eleições consecutivas para o Senado. Além disso, o PSDB, partido ao qual Ribeiro está vinculado, não teve candidato próprio nas últimas eleições estaduais e teve um desempenho modesto nas eleições municipais de Goiânia.
O colunista aponta o desgaste de Marconi na capital, evidenciado por pesquisas que indicam alta rejeição entre o eleitorado goianiense. A presença do ex-governador como padrinho político de Matheus Ribeiro pode se tornar um obstáculo para a propagação da mensagem de renovação. O texto sugere que o projeto do jovem tucano pode ser interpretado como uma oportunidade para Marconi buscar visibilidade, visando futuras eleições em 2026.
